Desabafo de uma loba solitária

       Este texto é totalmente diferente dos outros. Pois, ao invés de ser uma aventura com animais, é, sim, sobre a vida aos olhos de uma rapariga de 12 anos. Aqui Vai.

      Na vida há muito que aprender. E se não o fizermos,... podemos cair num profundo abismo. Devemos ter muito cuidado com as leis da terra. Ou seja, temos de respeitar a natureza e tudo o que a rodeia.
      Há certos códigos encriptados que temos de descodificar. Pois, alguns destes códigos podem ser a chave para abrir a próxima porta. Há muitos desafios que temos de enfrenta e encontrar a saída mais segura das armadilhas que a vida nos apresenta.
      Há pessoas a quem devemos dar a mão e outras com quem podemos contar. Mas, há, ainda, umas com quem não podemos contar e a quem não podemos nem devemos confiar.

      Todos temos uns direitos desde o momento em que nascemos. Um destes direitos é o de sermos livres de escolher o nosso caminho e outro o de sermos felizes. A minha mãe disse-me que a nossa felicidade começa em nós e devemos criar, nós, a nossa ao invés de esperarmos ou/e pendurarmos essa tarefa nas outras pessoas. Disse, ainda, que se nós não aprendemos a ser felizes simplesmente por ser e simplesmente por nós mesmos,... então, é possível que passemos a vida numa amargura desilusão. Temos que ser o único responsável pela nossa própria felicidade. Temos que ser nós mesmos e a primeira pessoa que temos de agradar e o nosso eu. Devemos gostar de nós próprios e aceitarmos-nos, como somos, com os defeitos e virtudes que eventualmente tenhamos. Só assim seremos verdadeiramente felizes e de bem com nós próprios e com o mundo.
      Ao invés de perdermos tempo valioso a tentar ser quem não somos,… a tentar ser um determinado ídolo e acabar frustrada e infeliz. Aprende-mos a valorizarmos-nos. A minha mãe diz-nos muitas vezes que: «Mais vale ser o original único e incopiável de nós mesmas, do que ser uma cópia imperfeita de algum ídolo, por muito incrível que ele ou ela nos pareça.». Tem lógica, não tem?

      Todos nós passamos por desilusões e tristezas, na vida. Mas a vida também nos proporciona recordações que nos são queridas e bons momentos. São esses momentos e essas recordações que nos enchem de força e de vontade de viver.
      Os meus bons momentos são passados com os meus amigos, a minha família de toda a espécie (animais de estimação incluídos), a ouvir as minhas músicas favoritas no tablet, a explorar o mundo, a brincar, etc.

      Resumidamente, a vida é feita de coisas boas e de coisas más. Somos nós que a vamos construindo  a cada passo que damos. Até agora, ela mostrou-me  o lado bom e o lado mau das coisas. A vida ensinou me a seguir em frente e a ultrapassar todos os desafios de cabeça, sempre, erguida.


      A vida de uma alma solitária, logo que nasce, começa com algo no seu interior que ninguém entende e por isso ou não gosta, ou teme. As “razões” apresentadas, ou não, são variadas:
  • É porque tem gostos diferentes;
  • ou porque, provavelmente, tem um cheiro diferente;
  • ou porque tem um tom de pele diferente;
  • ou tem costumes diferentes; etc.

      A maioria dos solitários são animais como, por exemplo: tigres; chitas; leopardos; etc…. Mas também há algumas pessoas. Pessoas que fazem as coisas sem precisar de ninguém… que se isolam e caminham sozinhas.


        Cá para mim, os solitários são aqueles  que são deixados de parte pela sociedade ou aqueles que não confiam em quase ninguém. E, por isso, tornam-se como um animal selvagem, donos do seu território.


      Eu acho que esses seres (humanos ou animais) fazem bem. Pois, há pouca gente em quem nós podemos confiar. Só podemos confiar em nós próprios e em quem está lá sempre, nos bons e nos maus momentos.
      Na minha modesta opinião, os animais são em quem nós mais podemos confiar. Os únicos a quem podemos contar os nossos segredos mais profundos e abrir a porta da nossa alma. Eles não vão contar a ninguém!

      Diz a minha mãe que: «Os animais, assim como os bebés, são almas puras e, por isso, são especiais e confiáveis. Infelizmente, o ser humano, na sua maioria, à medida que caminham para a vida adulta; tornam-se seres falsos, amargos e invejoso.». Segundo a minha mãe, isso é porque eles permitem que a sua criança interior vá morrendo a medida que caminham para a vida adulta. Com isto, matam a magia da inocência. São poucos os adultos que ainda são almas puras. Os que o são, além de ter a sua criança interior bem viva, e por isso mesmo, são seres abençoados pela graça de Deus.

      Eu sou uma “loba solitária” e foi por isso que decidi falar deste tema. Eu sei o que custa passar intervalos a fio sem ninguém com quem falar, ou com quem brincar. Pois, eu ainda passo por isso.





Ana Catarina Silva Cruz.

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