Memórias da alma!
transportada nas asas do vento,
navego as marés de sufismos.
A palavra me basta de momento.
Presa em memórias carregadas de saudade,
esta data marca a era.
Sonhando em tons de jade,
lembro o tempo da primavera.
Ó vida, que lamento!
Ó doce lembrança que a vista deslumbra!
Dita ou desdita, qual tormento.
A alma ilumina-se na penumbra.
No horizonte escuro e frio,
uma cintila de luz,
guia minha alma num rio
de calmaria que me conduz.
No firmamento, a esperança...
renasce, qual esplendor.
Vem aí a bonança,
vem alto, nas asas dum condor.
Irene Cruz
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