Sina Cruel!
Um dia de cada vez!
Levo eu a minha vida.
A sina assim me fez
encontrar a única saída.
Levo as mãos ao céu...
a Deus rogo perdão.
A ti eu tiro o chapéu,
não mais escrevo este refrão.
Ó sina cruel,
que mal te fiz eu?
Porquê tanto fel?
Assim me torno ateu.
Diz a vidente
que o tormento passou.
Fica então ciente
que ainda agora começou.
Rogo às forças cósmicas
que venham em meu auxílio.
E a mim comunicas
que só me resta o exílio.
Irene Cruz
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