Os amigos inseparáveis.

      Na terra do sol as amizades eram verdadeiras e duravam a vida inteira. Mas havia um grupo de amigos que sobressaiam mais dado à sua peculiaridade. Cinco amigos especiais, de núcleos familiares muito distintos e de meio ambiente diverso.

      Se não vejam: um leão chamado Luther e uma chita chamada Nimbawe das savanas de África; um golfinho chamado Gunta do atlântico; um lobo chamado Blanco do norte do Canadá; e um garanhão chamado Zeus dos Estados Unidos da América. Viviam todos numa ilha chamada Ilha do Sol Dourado que era uma reserva natural e uma zona protegida algures no Oceano Atlântico. O seu real paradeiro não o posso contar para segurança de seus habitantes especiais.


      Eles eram incríveis. Passavam grande parte do dia juntos. Bem mais ou menos. Porque Gunta não saia da água. A primeira coisa a fazer, todos os dias, era contar as novidades dos seus respectivos mundos. Depois, aventavam novas aventuras a ter. brincavam juntos e, cada um à sua maneira, tinha uma parte importante a exercer na aventura do dia. Todos os dias tinham de se encontrar.
      Um dia, Gunta não apareceu à hora marcada. já tinha passado quase uma hora, e nada de Gunta. "O que lhe terá acontecido?". Preocupados, os amigos foram ter com um grupo de papagaios do mar e pediram-lhes ajuda para localizar o seu amigo Gunta. Tinha um pressentimento que ele estava em sarilhos.
      Dito e feito! Gunta tinha se metido em sarilhos estava preso numas rochas, não muito longe dali. Estava a investigar um cardume de peixes suspeitos e não se apercebeu que a maré descia. Ficou lá preso. Dois papagaios marinhos voltaram para a praia para avisar o grupo de amigos preocupados.
      Os quatro amigos correram para o local indicado pelos papagaios. E lá estava o podre Gunta. Os amigos humanos que se certificavam do bem estar de todos os habitantes da ilha, os únicos humanos que lá residiam já estavam de volta de Gunta. Tinham coberto Gunta com  panos molhados e lançavam baldes de água do mar por cima dele. Era para o manter fresco e para proteger a pele de Gunta dos raios U.V. A maré já estava a subir de novo. Ainda bem! Porque, onde Gunta estava enfiado, era impossível tira-lo senão com a ajuda da maré. Foram as horas mais longa da vida deles. Mais pareceram anos. Mas o pior era o Gunta que estava a passar. Por isso os amigos ficaram, de pedra e cal, ao lado do seu amigo para lhe dar apoio moral. Já que pouco mais podiam fazer. Se bem que também ajudaram a acartar os baldes de água. Para refrescar o Gunta. Este incidente ainda tornou mais firme a amizade entre estes cinco amigos. Afinal, foi graças à preocupação dos quatro amigos terrestres de Gunta que foi dado o alerta do dilema do Gunta. E só por isso tudo acabou bem.
      Passado longas horas, a maré subiu e Gunta voltou para a praia. Obviamente não saiu da água.




Autora: Ana Catarina Silva Cruz
Montagem da imagem: Ana Catarina Silva Cruz

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