Amizade inesperada

     Diz-se que, em Animalis, em tempos, houve uma sincera amizade entre um tubarão branco e uma arára. Vou vos contar esta história.

     Preparem vossos corações. Vai ser uma viagem e tanto.


     Certo dia, uma jovem arára, chamada Ariel, aventureira e corajosa, treinava para Guarda Marés, à beira mar. Ela competia em várias modalidades, essenciais para dominar a profissão que pretendia abraçar.  Esforçava-se muito para melhorar, cada vez mais, a sua velocidade e a sua perspicácia. 



     Neste dia, aproximava-se uma tempestade da orla costeira de Animalis, onde Ariel praticava. Ela estava tão concentrada nos exercícios que foi apanhada de surpresa.
     Ariel viu-se, subitamente, arrastada, para alto mar, por uma espiral de ventos muito forte. Tentou lutar contra o vento para voltar para a praia. Mas o vento empurrava-a, perigosamente, dum furacão que se furmava no mar.
     Ariel estava exausta e em pânico. 
     -- Vou morrer! -- pensou ela. E foi por pouco, por muito pouco!
     Na hora agá, um tubarão branco, emergio do mar turbulento. Ariel gritou: -- Ai! -- estava certa que iria ser o aperitivo deste caçador implacável. 
     O tubarão lançou-se a Ariel, apanhou-a no ar e... -- "Espanto dos espantos!". 
     Ele não a devorou! Agarrou-a, delicadamente, com aqueles dentes temivelmente afiados e nadou, veloz como um raio, até à orla marítima aonde Ariel estivera a treinar.
     Já em terra firme, Ariel, incrédula, olhou para o seu, enorme e inesperado, salvador... confusa, ganhou coragem, após respirar fundo umas três vezes,  e perguntou-lhe:
     -- Não vais comer me?
     -- Credo! Não, há coisas bem msis saborosas no mar para eu comer. -- afirmou o tubarão, com ar divertido... e deu uma gargalhada divertida.
     Então, já mais calma e animada, Ariel agradeceu, comentando:
     -- Salvar-te me a vida, obrigada.  Já agora, como te chamas? -- provurou Ariel. 
     -- De nada. Chamo me Dentuças  -- respondeu, divertido, a exibir os dentes.
     Riram os dois, divertidos e Ariel comentou, com ar divertido:
     -- Claro! Nem podia ser diferente!
     Riram ambos a bandeiras despergadas.



     Nisto, deram se conta de que a tempestade tinha passado. No dum céu escuro e turbulento, agora via se um céu limpo e radiante com um arco Íris a anunciar a bonança após a tempestade. Um desapafo comum surgiu no ar, quando Ariel e Dentuças exclamaram:
     -- Ufa! Até que em fim! -- e riram, animados.

     Então, Dentuças olha para Arirl pensativo e indaga:
     -- Tenho te observado, na orla, a voar e a fazer uma data de manobras... Quem és e o que são essas manobras?
     Ao que Ariel respondeu:
     -- Eu sou Ariel e estou a treinar para ser Guarda Marés. 
     -- Wow, que coragem! É uma responsabilidade e tanto. -- exclamou Dentuças impressionado.

     Tornaram se bons amigos para sempre. Viveram fantásticas aventuras juntos. Uma inspiração mundial.




Autora:     Ana Cruz 
Ilustração: Maria Cruz 

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Menina do mar

18 de Maio de 1973

Meu filho