Oceano de emoções

-
 











No olho do furacão 
Meu coração palpita. 
Inundado de emoção 
Sente a dor infinita.

Será raiva ou paixão. 
Ou tamanha solidão.
Minha alma aflita
Cai aos pés da desdita.


Tal maremoto enfurecido, 
investe enlouquecido. 
Num rompante desmedido,
Leva tudo, mente perdida.

Cai a noite subitamente.
Olho triste o firmamento. 
A dor qua a alma sente
Corta a esperança do momento.



Irene Cruz

Local: Matas do Louriçal, 3105 Pombal, Portugal

Comentários

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Menina do mar

-
Imagem
Nas ondas do mar, embalada pela brisa do norte... minha alma azul âmbar, sonha em tom rosa forte. Dizem, lá do alto da duna, que não há por do sol como este. Cor de mar e mundana, de algas e búzios se veste. Alma leve, espírito livre. Solta ao vento nas ondas do mar. Solta um grito de cimo da árvore e dança o tango daqui até Tomar. Irene Cruz
Ler mais

18 de Maio de 1973

-
Imagem
  Querido diário,                              Ontem tivemos que sair de Angola. Angola está em guerra pela independência e as coisas estão más por lá.                              Embora não corrermos risco de vida diretamente... pois damos-nos bem com toda a gente e somos bem tidos por todos os nativos... meu pai achou melhor sairmos enquanto as coisas não acalmarem. Ninguém nos faria mal, mas podíamos correr o risco de sermos atingidos no fogo cruzado.                               Nós estávamos numa coluna militar constituída por três camiões militares e vários carros civis (um dos quais o nosso). Derrepente um carro civil mais à frente foi bombardeada e um mais atrás também. O meu pai decidiu sair da coluna militar, pois teríamos maior chance de sobrevive se fossemos sozinhos. Ultrapassou a coluna militar e tentou seguir sozinho. Mas o camião militar que ía na frente da coluna militar apontou nos as armas. Meu pai parou e foi falar com os militares. Assinou um termo de responsabil
Ler mais

Meu filho

-
Imagem
Meu filho, meu amor, és o que de melhor há em mim. Meu filho, minha alegria, és fruto de um sonho há muito clamado a Deus... para à tristeza dizer adeus. Por ti pedi, por ti rezei, por ti, a Deus, eu implurei. Luz da minha vida, pureza da minha alma. A espera foi sofrida, tesouro de minha alma. Mas por fim chegastes e a tristeza, assim, de mim, afastastes. Por ti pedi, por ti rezei, por ti, a Deus, eu implurei. Irene Maria Lopes da Silva NOTA:                 Óbvio, não sei o que é ser mãe. Tenho 16 anos, estou a um passo dos 17 anos. Escrevo este poema após assistir a uma intervista de um casal. Ela hoje com 52 anos e o seu esposo com 57 anos. Já lutavam pela bênção de ser pais há anos. Após vários abortos espontâneas o ano passado foram pais de um menino que hoje tem um ano, saudável e lindo. O relato desta mulher impressionou me tanto que, mal terminou a intervista, eu fechei me no meu quarto e comecei a escrever. E foi isto que saiu.                 Espero que gostem!
Ler mais