À procura da sorte


Pairando sob o teu olhar
vivo ao sonora do vento.
Deixo para trás o desfolhar
dum vida de sofrimento.

Cresci no caos sangrento da guerra
que homens de pouca fé criaram.
Esculpida do ferro temperado 
na chama eterna e arrefecido
no glaciar Ártico.

Minha alma erra
sem rumo, horas passaram,
até que, de algar deslumbrado,
vejo no horizonte encarnado
o portal do reino mítico.

Amanhã voo para norte.
À procura da sorte.
Desejando um futuro
Sem obstáculos e de mel puro.



Irene Cruz





Comentários

Mensagens populares deste blogue

Menina do mar

18 de Maio de 1973

Meu filho