A minha história.

       Nasci no dia 27 de Fevereiro de 2007, na Maternidade Bissaya Barreto, em Coimbra. Mas não vim sozinha. Tenho uma irmã gémea.

      Hoje vivemos nas Matas do Louriçal. Uma aldeia que, em parte, a nossa parte das Matas, pertence à freguesia do Louriçal - a terra dos dois temperos.
      
      Desde muito cedo que sou fascinada pelos animais. Alias, sou fascinada pelos animais desde que nasci. Os meus pais tinham uma grande cadela, uma husky chamada "Pitucha". Quando chegamos a casa da maternidade eu e a minha irmã fomos apresentadas à Pitucha, que passou a ser a nossa protetora. A nossa querida Pitucha já morreu de velhinha, embora não parecesse nada velha. Ela manteve-se linda até ao fim tanto que foi uma surpresa desagradável quando uma manhã ela estava morta. Quando a minha mãe foi buscar o contacto do veterinário na caderneta dela, foi quando reparou que ela já tinha 15 anos e 8 meses. O que para um cão é a terceira idade. O veterinário confirmou que chegou a sua hora. Até ao último suspiro ela manteve-se linda, de pelo lustroso e macio. Nunca me vou esquecer da Pitucha. E para todos nós a Pitucha terá uma existência eterna porque viverá para sempre nos nossos corações. Além disso, espiritualmente a Pitucha continua a ser a nossa guardiã. O dia que ela partiu foi de uma tristeza enorme. Todos choraram a sua partida até os nossos gatos e a Lacy (um outra cadela que temos que na altura tinha um ano). Perdemos uma grande amiga.
      Foi graças à Pitucha que eu comecei adorar os animais. E é também graças a ela que comecei a pesquisar sobre raças de cães; sobre lobos e sobre o reino animal em geral. Hoje adoro mesmo os animais e sei que nunca esquecerei a Pitucha.

      Neste momento, o meu animal favorito é o cavalo, embora goste de todo o tipo de felinos e canídeos.
      A primeira história que escrevi, foi no 3.º ano de escolaridade e foi sobre a amizade de um golfinho com um gato chamado "Tigre". O Tigre da minha historia era um gato que tinha em casa por essa altura. O melhor amigo da minha irmã gémea, Vitória. Ele morreu à um mês atrás. E desde o dia em que escrevi a minha primeira história que gosto muito de ler e de escrever histórias sobre animais.

      Há alguns anos tive um gatinho chamada "Obi", o diminutivo de "obediente". Pois, umas semanas depois de nascer o Obi saiu a correr de ao pé da mãe dele e aproximou-se de mim. Posse à minha frente e parecia querer me dizer algo. Eu disse-lhe para fazer algo, do qual não me lembro agora, e o gatinho obedeceu imediatamente. Eu contei à minha mãe o sucedido e ficou, ai, decidido que ele se chamaria OBI, porque "Obediente seria demasiado comprido. O Obi foi um gatinho muito importante para mim. Ele ajudou-me e apoio-me quando eu estava mais embaixo. Nunca me irei esquecer do que ele fez por mim.
      No ano seguinte nasceu uma gatinha que chamamos de Cometa. Ela era preta e tinha pintas pequeninas espalhadas pela pelagem das costas. parecia uma constelação de estrelas. Dai o nome. Todas as manhãs, a Cometa, vinha ter comigo a janela do quarto e ao fim da tarde também fazia o mesmo. E eu deixava-a entrar sempre. Às escondidas, porque os meus pais não queriam os animais dentro de casa. E era uma alegria. A Cometa era muito divertida e brincalhona. É inesquecível. Podíamos sempre contar com ela quando estávamos tristes porque ela arranjava logo maneira de nos por bem dispostas.
      Pouco tempo depois tive uma gatinha chamada "Mouzi" curto para Mozart. Sempre se mostrou muito inteligente e ao início achava-mos que ela era um ele. Quando percebemos que era uma gata já se dava pelo nome, embora parecesse zangada sempre que a chamava-mos Mozart. Então a minha mãe pediu-lhe desculpa pelo engano e perguntou-lhe se ela gostava do nome "Mouzi" para menina. E ela sentou-se à frente da minha mãe olhou diretamente para ela e disse: "Miauuu" e depois foi    roçar-se nas pernas da minha mãe. Então ficou Mouzi. Eu já falei da Mouzi numa das histórias que escrevi neste blogue. 
      Ela morreu à pouco tempo. Saiu para dar um passeio e foi atacada, praticamente à porta de casa, por o cão de um vizinho. Quando sobe disso fartei-me de chorar. Foi logo de manhã, mesmo antes de sair para a escola. Chorei quase todo o dia e deixei os meus amigos e os meus professores preocupados.

      Nesse dia escrevi um texto sobre a vida que pós muita gente a chorar, na escola e em casa, ao lerem-no. A minha mãe até o publicou neste blogue.
      Na escola onde ando tenho grandes amigos que nunca esquecerei, mas também tive e tenho amigos leais e muito queridos no reino animal. Os meus animais de estimação.

      Hoje tenho 12 anos e com isto termino a minha autobiografia. Espero que gostem!




Ana Catarina Silva Cruz

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