O Vale Perdido
Maia gosta de embrenhar-se na natureza quando tem algo que a preocupa. Hoje está num desses dias. Saiu de casa sem rumo certo. Foi até à extremidade da cidade até ao ponto mais próximo da Serra nublosa. Estacionou o carro e entrou serra adentro. Caminhou uns longos minutos. Chegou até uma parede de eras. Afastou alguns ramos porque, pareceu-lhe que uma brisa suave saia de lá. Deparou-se com uma gruta. Uma gruta crivada de cristais fluorescentes. Abismada com tamanha beleza, ela entrou na gruta para a explorar.
A um certo momento deparou-se com outra saída da gruta. Uma luz intensa entrava gruta adentro, nesse ponto. Saiu da gruta e estava num vale deslumbrante. Ao fundo, entre duas dois planaltos, via-se uma cascata que caia, de um dos planaltos, para uma lagoa enorme. Lagoa essa que se ligava a um curso de água que descia, para, o que parecia ser outra queda de água.
Maia viu uma égua a descansar perto da lagoa. Aproximou-se dela e ela nem se mexeu. Agachou-se dela a observa-la e acariciou-lhe a crina. Nisto aproximaram-se outros animais. Um cordeiro e uma chita chegaram de mansinho de ambas. O estranho é que pareciam conviver pacificamente uns com os outro. Que vale estranho parecia tirado de um sonho, ou de uma história infantil. Apetecia-lhe dançar, pular e cantar. "E, porque não?" Então Maia começou a dançar. Outros animais se aproximaram deste teatro recém instalado no seu vale.
Maia começou a cantar e juntou-se lhe uma alcateia. Maia cantava e os lobos uivavam em uni sono. Perfeito! O concerto seguiu noite adentro com vários participantes inesperados. Desde rouxinois, a lobos, tudo quis entrar no ‘show’. Ao por do sol, terminou, o concerto, com Maia e os lobos a uivar a lua, acompanhados por uma coruja com o seu canto característico.
Autora: Ana Catarina Silva Cruz
Fotomontagem: Ana Catarina Silva Cruz
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