O gigante barbudo.
Um dia o pai de Ilda foi destacado para Uma cidade distante, do outro lado de Moçambique. Eles viviam em Maputo mas o pai teve de ir dar formação aos novos quadros do gabinete tecnológico de uma filial da Industria Tecnológica de Maputo, em Tete. Teve deslocado um mês inteiro.
Ilda tinha tina apenas 2 meses quando o pai foi para Tete, mas quando ele voltou tinha mudado o seu visual. O pai nunca uso bigode ou barba, mas voltou com uma enorme barba e bigode. Quando estendeu os braços para pegar Ilda no colo, Ilda desatou aos gritos e fugiu para o colo de Mandala o colega do pai de que ela nunca gostara. Apontava para o pai e gritava "pá-pá-pá", mas não aceitava o colo do pai escondendo o rosto no ombro de Mandala chorando e soluçando.
A mãe de Ilda disse para o marido muito calmamente:
- Querido, são as barbas. Quando sais-te de cá ias de cara limpa. Aliás como ela sempre te conheceu. Ela está a estranhar o teu novo visual.
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| O gigante barbudo. Por: Maria Vitória Silva Cruz |
- Pá-pá, pá-pá!
O pai deu uma corrida para a agarrar e abraçou a filha com emoção.
- Que menina inteligente! Nunca mais uso barba. A minha princesa não gosta. - e deu um sonoro beijo a Ilda que logo respondeu abraçando o pai com força para não o perder.
Todos os presentes ficaram espantados. E a vizinha e amiga do casal, Dona Rita exclamou:
- Espantou! Uma menina tão pequenina e como ela é esperta. Vê-se que reconheceu o pai de imediato. Só não gostou foi das barbas.
Todos riram com carinho. Aquela menina era adorada por todos quanto a conheciam. Era esperta, carinhosa e bem educada. Um tesouro.
Autora: Ana Catarina Silva Cruz
Ilustradora: Maria Vitória Silva Cruz
Nota: Esta história é baseada num relato da nossa querida AVÓ CÉU.
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