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O acordar

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Na noite escura um  sussurro acorda mi alma perdida num marasmo de dor. Uma mão que segura, nó na garganta apertada, os cacos de mi alma detida num escuro porão, temor. Vagueio a escuridão, tortura. Procuro uma saída na portada do inferno onde mora mi alma sentida. Coração salta, no rosto, terror. Lampejo de luz assegura, mi alma fria despertada, encontra conforto, nova vida, Estrela Guia ilumina com amor. Irene Cruz

Árvore da vida

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Tu és vida e dás vida a todos os seres que te cercam. Respiras e dás a respirar a essência e pureza do ser. Gratidão te temos. A vida te devemos. A ti, a humanidade agradece, rendida e tua bondade, ao mundo, relatam. Todos se ergue para louvar, tamanha generosidade a ter. Gratidão te temos. A vida te devemos. Irene Cruz

Vaidade sem fim

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No epicentro do seu ser arde a chama da eternidade. Tal vulcão de grande poder, sobe alto alta sua vaidade. Vira que vira sem parar. Dança o tango de rosa em punho. Não há meio de a travar. Vai girando até cair no caminho. Já diz o velho ditado, querida. Quanto maior a altura Maior será a queda. Aqui o chão te espera com sua textura dura. Irene Cruz

Perdida na magia

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  Perdida na magia do teu olhar, bebo o elixir do amor. Livre e solta no meu andar, ganho asas de condor. Numa dança lusitana rodo, rodo sem parar. Livre rodo a baiana até a noite, por fim, chegar. Balanço leve e solta numa louca emoção. Já a lua vai alta... no firmamento olha me com atenção. Uivo à lua com alegria saudando a sua harmonia. Sinto aqui a sintonia dá sua silenciosa sinfonia. Vou dormir, de coração cheio, olhando um céu estrelado. Mergulho num oceano que foi e veio e ergo-me no ar num cavalo alado. Irene Cruz

Oceano de emoções

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  No olho do furacão  Meu coração palpita.  Inundado de emoção  Sente a dor infinita. Será raiva ou paixão.  Ou tamanha solidão. Minha alma aflita Cai aos pés da desdita. Tal maremoto enfurecido,  investe enlouquecido.  Num rompante desmedido, Leva tudo, mente perdida. Cai a noite subitamente. Olho triste o firmamento.  A dor qua a alma sente Corta a esperança do momento. Irene Cruz

Caminho acidentado.

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          "Mais um ano foi sem que a boa sorte me visite." - pensou Bela. "Espero que, neste novo ano,  a sorte me mostre alguma simpatia."           Desde que nasceu, a vida de Bela foi uma autêntica montanha russa. Logo na primeira semana de vida foi vítima de um atentado à sua vida. Seu meio irmão de 11 anos, na altura, tentou estrangulá-la no seu berço. Se sua mãe não tivesse entrado no berçário naquele momento Bela teria morrido.           Nunca teve uma boa relação com o meio irmão. Ele era um garoto revoltado com a vida, com o mundo.           Sua mãe abandonou-o e o seu irmão de meses à porta dum hospital quando ele tinha 4 anos. E isso, depois de ter envenenado o bebé.  Ele viu seu irmão morrer lhe na sua frente. Alex entrou no hospital, sem saber o que fazer, com o irmão nos braços a agonizar. Disse à senhora atrás do balcão que o irmão não estava bem. Levaram no logo para um gabinete. Um homem de bata branca começou a analisar o bebé e o rosto do homem fe

Memórias

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  A vida é dura! Mas mais dura sou Eu.       Já vos aconteceu que vos parecesse que o cosmos e tudo mais conspiram contra si. Que a vida tema em vos atirar de volta para a estaca zero logo quando começava a levantar a cabeça. Já vos pareceu que estão no meio dum oceano de problemas em risco de se afogar e mesmo quando consegue vir à tona de água uma mão gigante e tortuosa vos afunda de novo nas profundezas do desespero.       Pois isso é a história da minha vida. Mais, essa é a história de vida da minha família. Até parece que estamos amaldiçoados.           Aos dois anos de vida vi a minha família a ir do ouro reluzente para o nada. Sim para o nada, nem a classificação de lixo se podia dar. Pois até o lixo tem algum valor. Ficamos literalmente com a roupa do corpo. Tudo por causa de uma guerra civil na antiga Rodésia. Vivia-mos lá na altura. A nossa casa foi saciada e queimada até ao chão. Obras de Arte valiosíssimas transformadas em cinzas os nossos pertences transformados em cinzas.