Mensagens

Memórias da alma!

Imagem
  Movida pela força do cosmos, transportada nas asas do vento, navego as marés de sufismos. A palavra me basta de momento. Presa em memórias carregadas de saudade, esta data marca a era. Sonhando em tons de jade, lembro o tempo da primavera. Ó vida, que lamento! Ó doce lembrança que a vista deslumbra! Dita ou desdita, qual tormento. A alma ilumina-se na penumbra. No horizonte escuro e frio, uma cintila de luz, guia minha alma num rio de calmaria que me conduz. No firmamento, a esperança... renasce, qual esplendor. Vem aí a bonança, vem alto, nas asas dum condor. Irene Cruz

Vida infernal.

Imagem
     "Eu não tenho sorte mesmo!", pensou Vera. Vera Fénix sempre teve de lutar, e muito, para que um raio de sol se dignasse a tocar, ao de leve, na sua pele.      A sua vida, até à data, tem sido uma maratona, uma montanha russa, uma roleta viva... Nada lhe veio ter às mãos de forma fácil. E,  pelos vistos, esta maratona infernal está para durar.       Vera já perdeu a conta de quantas vezes se viu obrigada a começar do zero. Só esperava que esta fosse a última vez. "Já não tenho idade para estas duras batalhas pela sobrevivência!".      Há 16 anos atrás, em má hora se casou. O que ao início parece ser um pedido de casamento romântico... revelou ser uma grande armadilha. Uma semana depois, uma outra faceta daquele romântico incurável se revelou. E o que prometia ser um casamento de sonho, virou um terrível pesadelo.       Francisco começou a beber de caixão à cova, e os insultos e humilhação públicas começaram a ser uma rotina diária. Até lhe alevantou a mão para l

Sonho!

Imagem
Caminho sem rumo num sombrio murmúrio. Pairando no espaço  traço o pensamento. As ideias, eu arrumo, em gavetas mármore frio. Vejo tudo baço num horizonte firmamento. Irene Cruz  

Morgana Safira

Imagem
      Numa pequena localidade chamada Vale dos Lobos, no meio de uma floresta densa, vivia uma misteriosa mulher - Morgana Safira. Habitava numa casa de árvore, construída num velho tronco de embondeiro. Quem a olha-se de fora achava a assustadoramente misteriosa. Possivelmente assombrada.       As janelas pareciam olhos de coruja, a porta parecia uma boca de dragão. Era mesmo aterrorizante.        Todos achavam que Morgana era uma feiticeira. E haviam até rumores de que comia crianças ao pequeno almoço.       Mas uma pessoa em particular não se deixou intimidar por tais rumores e decidiu investigar o caso. De mochila às costas, com o necessário para sobreviver uns dias num ambiente hostil, embrenhou-se na floresta rumo à casa da "feiticeira" - Helena a destemida numa aventura para gente com nervos de aço.       A floresta, além e densa, era muito extensa. Cobria uma área muito grande. Era preciso uma semana inteira,  sem parar para descansar, para a percorrer de um extremo a

Amor de mãe

Imagem
  Na dança da vida Adivinha-se a mudança  Que em mim se faz presente Na contra dança do destino. No horizonte, ainda perdida Numa espreguiçadeira descansa Na graça do vento ausente Numa valsa, tal desatino. Doce memória tingida  De cor de verde esperança  Sonho convosco contente Meu coração palpita sem tino. Irene Cruz 

Dor sem fim

Imagem
Caminho tropeçando na paciência! Na alma, dor em demasia... O coração, oco, emana o vazio escuro e demente. Já fui sol, já fui luz. Hoje sou dor, hoje sou trevas. Mataram minha essência. Sou uma carcaça vazia sem ânimo para nada. Robô programado para seguir em frente. Já fui sol, já fui luz. Hoje sou dor, hoje sou trevas. Irene Cruz  

Sina Cruel!

Imagem
  Um dia de cada vez! Levo eu a minha vida. A sina assim me fez encontrar a única saída. Levo as mãos ao céu... a Deus rogo perdão. A ti eu tiro o chapéu, não mais escrevo este refrão. Ó sina cruel, que mal te fiz eu? Porquê tanto fel? Assim me torno ateu. Diz a vidente que o tormento passou. Fica então ciente que ainda agora começou. Rogo às forças cósmicas que venham em meu auxílio. E a mim comunicas que só me resta o exílio. Irene Cruz