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A mostrar mensagens de 2023

Reflexo

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  Olhando me no espelho, vejo o reflexo de minha essência. Bailando no limbo, tal equilibrista, tento encontrar o ponto de equilíbrio. A semente da esperança espalho no pátio feito distância. Num rompante levanto e sambo o canto do colibri à vista... num salto de sonho sombrio. No acordar do sonho vejo um brilho de esperança na estância dum grande tombo. Levanto minha crista e sacudindo a poeira, carrego o brio. Irene Cruz

Menina do mar

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Nas ondas do mar, embalada pela brisa do norte... minha alma azul âmbar, sonha em tom rosa forte. Dizem, lá do alto da duna, que não há por do sol como este. Cor de mar e mundana, de algas e búzios se veste. Alma leve, espírito livre. Solta ao vento nas ondas do mar. Solta um grito de cimo da árvore e dança o tango daqui até Tomar. Irene Cruz

18 de Maio de 1973

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  Querido diário,                              Ontem tivemos que sair de Angola. Angola está em guerra pela independência e as coisas estão más por lá.                              Embora não corrermos risco de vida diretamente... pois damos-nos bem com toda a gente e somos bem tidos por todos os nativos... meu pai achou melhor sairmos enquanto as coisas não acalmarem. Ninguém nos faria mal, mas podíamos correr o risco de sermos atingidos no fogo cruzado.                               Nós estávamos numa coluna militar constituída por três camiões militares e vários carros civis (um dos quais o nosso). Derrepente um carro civil mais à frente foi bombardeada e um mais atrás também. O meu pai decidiu sair da coluna militar, pois teríamos maior chance de sobrevive se fossemos sozinhos. Ultrapassou a coluna militar e tentou seguir sozinho. Mas o camião militar que ía na frente da coluna militar apontou nos as armas. Meu pai parou e foi falar com os militares. Assinou um termo de responsabil

Harmonia

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Harmonia Numa dança parada no tempo, conto os dias que faltam. O ritmo compassado do corpo embala os segundos e saltam. Pulsa, em mim, o momento de te reencontrar. Aqui, encontro o alento de vos ver, em casa, entrar. Perdida na saudade dum tempo que não esquece. O avançar da idade de saudade, agarra se à prece. Olho em frente o horizonte. Procuro vossa silhueta, esperançosa. Meu coração se contrai no monte e brilha numa saudação calorosa. Irene Cruz

12 Agosto de 1972

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Querido diário,                              hoje estive a brincar com crias de leão. Foi divertido mas a mamã quase desmaiou de susto.                              Fomos fazer um safári com mais duas famílias e dois guias turísticos. Na reserva do Parque Nacional Kruger, na África do Sul. A caravana turística parou perto dum grande grupo de leões com crias. Estavam deitados à sombra de uns arbustos e as crias estavam a brincar.                              Eu não resisti, saí a correr do jipe em direção às crias de leão e sentei me a brincar com eles alheia aos possíveis perigos. Uma das leoas adulta aproximou se de mim, cheirou me e afastou se fazendo uns grunhidos suaves para os outros leões. Os leões adultos formaram uma linha defensiva entre a caravana turística e as crias, como que a dizer... "A cria humana maluca pode aqui estar mas vocês ficam aí."...                               Os guias sugaram o coração de meus pais, dizendo: não se preocupem. Os leões não vão faz

26 de Agosto de 1969

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  Querido Diário,                         Há uma guerra civil aqui na Rodésia.  Meu pai recebeu o Diploma do Doutorado de Engenharia Electrotécnica e fomos almoçar fora para comemorar.  Mas a comemoração acabou com um sabor amargo, quando regressamos a casa. Ou seja, o que restou da nossa casa.                          Ao chegarmos deparamos-nos com um cenário de terror.  A nossa casa estava em ruínas, toda queimada... e a Linda, nossa cadela pastor alemã e minha baba; estava morta. Além de a matarem a tiro de metralhadora, queimaram-na.                         O meu pai não aguentou e entrou em coma. A minha mãe pediu à embaixada portuguêsa se podiam agilizar a transferir do meu pai para o hospital de Lourenço Marques/Moçambique... porque ela não falava inglês e não conseguia comunicar com os médicos na Rodésia. Meu pai foi transferido para o hospital da capital de Moçambique. Esteve em coma 3 meses e quando saiu do coma não sabia quem era tinha perdido a memória de tudo. O doutor dis

No horizonte do desespero

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Olhando o horizonte enfrento a vida. Agarro meu mundo na palma da mão. Encaro a fonte da minha sina, temida. Vejo claramente, no fundo, o caminho de pedra padrão. Subo ao monte duma existência ferida. Ergo meu ego, corte profundo... Citando a palavra do pregão.  Irene Cruz

Sol

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Faço reverência ao sol  admirando sua radiância. Sua energia vital produz vida e magia. Como um imenso farol espalha luz à distância. Viaja o espaço sideral aquecendo nos com sua energia. Abro me como um girassol rodando guarda por sua supremacia. Encostada ao portal  fico horas, de vigia. Irene Cruz

No fim do caminho

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No fim do caminho, duro como foi, só encontrei espinhos e amarguras mil. Ao longo do pergaminho, descrevo um sentimento que rói, desenho azevinhos e pensamento em anil. Vestido de linho. Negro e pesado, dói... Minha alma cortada com ancinhos. Fria pedra, ardil. Irene Cruz

À procura da sorte

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Pairando sob o teu olhar vivo ao sonora do vento. Deixo para trás o desfolhar dum vida de sofrimento. Cresci no caos sangrento da guerra que homens de pouca fé criaram. Esculpida do ferro temperado  na chama eterna e arrefecido no glaciar Ártico. Minha alma erra sem rumo, horas passaram, até que, de algar deslumbrado, vejo no horizonte encarnado o portal do reino mítico. Amanhã voo para norte. À procura da sorte. Desejando um futuro Sem obstáculos e de mel puro. Irene Cruz

Pensamento ausente

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Lançado ao vento, meu pensamento ausente. Ouço um sublime soneto, teu coração batente. Traz-me à memória, agora ausente, doce harmonia seria o que não se fez presente. Vagueio no rio da memória em busca do momento que me fez sorrir, um dia, orientando o pensamento. Irene Cruz

Navegando

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  Navegando a onda da vida tento equilibrar a maré. Procurando a saída dum maremoto de marcha a ré. Oceano revolto e malfadado é esta minha existência ciclónica. Mundo de patas para o ar  feito um molho de brócolos. Ando num barco furado, as velas não valem um penico. Não vejo meu de parar este ciclo vicioso, nem pelos binóculos. Terra firme quero pisar o mais depressa possível. Mas não vejo, por este andar, um arco-íris visível. Irene Cruz

Instinto de sobrevivência feroz.

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Há situações e acontecimentos inexplicáveis na vida. E a minha está carregada delas. Vou-vos relatar alguns destes acontecimentos bizarros. Estava eu a caminho do autocarro, vinda da escola Bernardino Machado na Figueira da Foz... Na altura a estação era mesmo ali a dois passos. Agora está lá instalada uma escola. Enfim, ia eu na minha vida, quando senti uma sensação estranha e um enorme impulso de gritar "Cuidado!", que fiz sem saber porquê. Sobe nos segundos seguintes. Ao gritar rodei nos calcanhares, uma mulher que levava o seu filho num carrinho de bebé e que tinha passado por mim nesse mesmo instante ao ouvir o meu grito, instintivamente, deu um pulo para trás e puxou o carrinho de bebé para si... mesmo a tempo. Foi por uma nesga que ela e o bebé não foram pelos ares. Só conseguimos ver uma sobra escura a altíssima velocidade vindo da praça de táxis a subir a rua que ladeia a escola do lado da antiga gare de autocarros. E sentiu-se a deslocação do ar provocada pela veloc

Caros Amigos e Leitores

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  Caros Amigos e Leitores,       Venho por este meio, pedir-vos para partilharem comigo as vossas opiniões,  para melhor ir ao encontro dos vossos gostos e interesses.       Os vossos comentários iram ajudar-nos a melhorar.        E assim ir aproximando o conteúdo das nossas histórias  e demais publicações, ao vos gosto.        Se tiverem um tema que gostariam ver transformado em história,...        Sintam-se livres para comentar. Queremos melhorar para os nossos Leitores. Irene Cruz

Luz ao fundo do túnel!

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      Ilumine a sua noite com amor no coração. Mesmo na escura noite existem as estrelas e a lua para nos guiar e transportar para um mundo mágico. A felicidade está ao nosso alcance. Só precisamos trabalhá-la no nosso interior.       Acredite na felicidade e no seu potencial em concretizá-la. Rode-se de energias positivas geradas de si mesma. Recuse-se a afundar no desespero. Recuse-se a dar o gosto a que lhe quer menos bem. Aceite-se e aprenda a valorizar-se. E seja feliz. Simplesmente feliz. Porque vive, logo existe.       A vida é bela. Paz e amor.   Irene Cruz

Borboleta

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Sua beleza delicada esconde grande força. A dureza da jornada faz-se com perseverança. Voa alto de madrugada, numa suave e ritmada dança. A vida é curta, malfadada, mas, firme ela avança. Irene Cruz

Mulher/Mãe

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Guerreira da noite sem fim luta por mim e por ti. Faz o mundo girar traz-nos a lua e o sol. Amor se fim. Canção d'amor maior. Mãe, mulher, força, aroma de jasmim. Tudo que faz é lutar por ti. Correr em frente e voar. Mulher, mãe que luta pela prol. Amor se fim. Canção d'amor maior. Irene Cruz

Tornado um amigo fiel

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       Esta história é dedicada à minha tia Ana Maria e à minha avó Maria do Céu. Inspirei-me na liberdade que sinto quando estou com elas. Adoro as!       Espero que gostem.       Certo dia, uma menina chamada Ania, ao entrar na escola, vieram lhe dizer que, ao pé do pavilhão da escola, estava um cavalo bravo amarrado. Ania correu para o ver.       E lá estava! Então, Ania perguntou:       - Alguém sabe como é que o cavalo aqui veio parar? - ao que a sua melhor amiga Maia respondeu:       - Não. Dizem que o cavalo apareceu assim. Ninguém sabe como é que ele veio cá parar.       Ania, enquanto ouvia a explicação de Maia, tentava aproximar-se do cavalo lentamente para não o assustar. Mas Maia assustada gritou:       - Nãooo! Não faças isso.       O cavalo agitou-se mas Ania decidiu ignorar o apelo de Maia e continuou a  aproximar-se devagarinho. Ajoelhou-se  à frente do cavalo. Espantosamente, o cavalo deitou-se ao lado de Ania e encostou a cabeça ao peito de Ania. Toda a esco

Meu mundo ideal

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Num mundo de magia quero viver eternamente.  Longe da humanidade  que tanto mal me faz. Encanto de sereia  que soa profundamente  no recanto, serenidade, que me enche de paz. Irene Cruz 

Melodia da alma

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Ao som do coração  a melodia da alma  entoa as notas de sol e vibra enérgica.  Canta em oração  a letra que acalma, num tom bemol, em escala mágica.  Sem pressão, a Íris filma um rouxinol que entoa a lírica.  Irene Cruz

Oração

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No meu desespero a Deus encaminho minha vida, minha sina. No meio da tempestade a Deus eu entrego  minha alma, meu destino. Espero, de coração apertado, que sua grande sabedoria  encontre solução para meu grande dilema.  Pois, embora suberbado, Deus sempre vem um dia  responder a nosso problema.  Irene Cruz

A dança da vida

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Na espiral da vida andamos à deriva.  Contando os segundos, dançamos juntos, num compaço desigual, a um ritmo que tal. Saltando para o abismo  em número primo, ganhamos o desafio, num curto pavio enquanto tudo gira, dançando o vira. Irene Cruz

Ao sabor da maré

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     Navegando, sem rumo, ao sabor da maré. Levo o caminho errante e sem fé. Procuro, no horizonte, a luz e a esperança.      Que o amanhã amanheça em tons de paz e abundância. Embalada pela cantiga do rio da vida, sigo em frente, destemida. Determinada, conquisto terreno firme.      Grão a grão, devagar, devagarinho, sigo em frente o meu caminho. Olhando o horizonte, não desvio do curso rumo ao Minho. A lua me guia o pensamento e, com ela, flutuou num mar de magia rumo ao mundo de sonhos e encantamento. Irene Cruz

O olhar

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Olho o infinito, procurando a certeza. Na alma, sinto a tua pureza. Meu coração, tal tela, desenho a imagem de uma vela de aroma coragem. Com um pincel mágico, no céu azul, eu pinto asas de de luz magnífica e olhos de profundo instinto. Teu rosto povoa meu pensamento de paisagens de grande beleza. Musa de cada momento de minha vida, afugentando a tristeza. Irene Cruz

O acordar

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Na noite escura um  sussurro acorda mi alma perdida num marasmo de dor. Uma mão que segura, nó na garganta apertada, os cacos de mi alma detida num escuro porão, temor. Vagueio a escuridão, tortura. Procuro uma saída na portada do inferno onde mora mi alma sentida. Coração salta, no rosto, terror. Lampejo de luz assegura, mi alma fria despertada, encontra conforto, nova vida, Estrela Guia ilumina com amor. Irene Cruz

Árvore da vida

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Tu és vida e dás vida a todos os seres que te cercam. Respiras e dás a respirar a essência e pureza do ser. Gratidão te temos. A vida te devemos. A ti, a humanidade agradece, rendida e tua bondade, ao mundo, relatam. Todos se ergue para louvar, tamanha generosidade a ter. Gratidão te temos. A vida te devemos. Irene Cruz

Vaidade sem fim

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No epicentro do seu ser arde a chama da eternidade. Tal vulcão de grande poder, sobe alto alta sua vaidade. Vira que vira sem parar. Dança o tango de rosa em punho. Não há meio de a travar. Vai girando até cair no caminho. Já diz o velho ditado, querida. Quanto maior a altura Maior será a queda. Aqui o chão te espera com sua textura dura. Irene Cruz

Perdida na magia

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  Perdida na magia do teu olhar, bebo o elixir do amor. Livre e solta no meu andar, ganho asas de condor. Numa dança lusitana rodo, rodo sem parar. Livre rodo a baiana até a noite, por fim, chegar. Balanço leve e solta numa louca emoção. Já a lua vai alta... no firmamento olha me com atenção. Uivo à lua com alegria saudando a sua harmonia. Sinto aqui a sintonia dá sua silenciosa sinfonia. Vou dormir, de coração cheio, olhando um céu estrelado. Mergulho num oceano que foi e veio e ergo-me no ar num cavalo alado. Irene Cruz

Oceano de emoções

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  No olho do furacão  Meu coração palpita.  Inundado de emoção  Sente a dor infinita. Será raiva ou paixão.  Ou tamanha solidão. Minha alma aflita Cai aos pés da desdita. Tal maremoto enfurecido,  investe enlouquecido.  Num rompante desmedido, Leva tudo, mente perdida. Cai a noite subitamente. Olho triste o firmamento.  A dor qua a alma sente Corta a esperança do momento. Irene Cruz

Caminho acidentado.

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          "Mais um ano foi sem que a boa sorte me visite." - pensou Bela. "Espero que, neste novo ano,  a sorte me mostre alguma simpatia."           Desde que nasceu, a vida de Bela foi uma autêntica montanha russa. Logo na primeira semana de vida foi vítima de um atentado à sua vida. Seu meio irmão de 11 anos, na altura, tentou estrangulá-la no seu berço. Se sua mãe não tivesse entrado no berçário naquele momento Bela teria morrido.           Nunca teve uma boa relação com o meio irmão. Ele era um garoto revoltado com a vida, com o mundo.           Sua mãe abandonou-o e o seu irmão de meses à porta dum hospital quando ele tinha 4 anos. E isso, depois de ter envenenado o bebé.  Ele viu seu irmão morrer lhe na sua frente. Alex entrou no hospital, sem saber o que fazer, com o irmão nos braços a agonizar. Disse à senhora atrás do balcão que o irmão não estava bem. Levaram no logo para um gabinete. Um homem de bata branca começou a analisar o bebé e o rosto do homem fe